Dando sequencia em nossa serie, “O Raio X do futebol sul-americano”, onde vamos contar tudo sobre o futebol de cada um dos países do nosso continente, chegamos na Argentina, o grande rival do futebol brasileiro.
A Argentina, do tango, dos churrascos e do futebol. Um país que vive e respira o futebol como poucos no mundo. Torcidas fanáticas, clubes gigantes, jogadores históricos. A Argentina é um gigante do futebol.
Clubes como Boca Juniors, River Plate, Racing, Independiente, Estudiantes de la Plata, não apenas tem torcedores no mundo todo, como trazem um certo misticismo ao futebol. Como não se arrepiar só de pensar no bairro de Avellaneda ou na mística Bombonera. Como não se emocionar em imaginar um jogo no caldeirão de La Plata ou no Monumental de Nuñez.
Finalmente, craques como Diego Maradona, Di Stefano, Lionel Messi certamente fazem parte da galeria dos maiores da história do mundo da bola.
Vamos então conhecer um pouco mais sobre o futebol da Argentina.
- Federações e competições
- Títulos internacionais dos clubes argentinos
- Fórmula e Regulamento do Campeonato Argentino (Primeira A)
- Maiores campeões da Argentina
- Seleção Argentina
- Jogadores argentinos históricos
- Estrangeiros que jogaram e se destacaram na Argentina
- Jogadores brasileiros que se destacaram na Argentina
Federações e competições
Associación del Fútbol Argentino – AFA
É a entidade máxima do futebol argentino e responsável pela organização de todas as competições oficiais de futebol no país, bem como faz a gestão da seleção argentina de futebol.
Site da Asociación del Futbol Argentino
Competições
Todas as competições na Argentina são organizadas pela AFA, exceto a Primeira Divisão, que desde 2017 é administrada pela Superliga de Futebol da Argentina.
A categoria mais alta do futebol argentino é a Superliga (Primeira Divisão), seguida da Primeira Nacional (Segunda Divisão).
Abaixo dessas duas categorias, o futebol argentino está dividido em dois ramos diferentes: um é disputado por equipes diretamente afiliadas à AFA e o outro por equipes indiretamente afiliadas. Em outras palavras, existem dois torneios na terceira divisão do futebol argentino:
- Primera B: equipes diretamente afiliadas à AFA, localizadas na cidade de Buenos Aires e nos subúrbios de Buenos Aires, juntamente com outras equipes de cidades próximas.
- Torneio Federal A: equipes indiretamente afiliadas à AFA, localizadas no resto do país.
Observação: Dessas duas divisões, as equipes avançam para a Primeiro Nacional (segunda divisão).
- Primeira C e Torneio Regional Federal Amador (Quarta divisão)
- Primeira D e Ligas Regionais (Quinta divisão)
Copas Nacionais
A Argentina possui 4 copas oficiais:
Copa Argentina: competição pela eliminação direta da qual participam absolutamente todas as equipes de todas as divisões do futebol argentino.
Supercopa Argentina: jogo único entre o campeão da Primeira Divisão (Superliga) e o campeão da Copa da Argentina.
Copa da Superliga: todos os clubes da Primeira Divisão (Superliga) participam, divididos em dois grupos. Os dois primeiros de cada grupo avançam para as semifinais.
Troféu dos campeões: jogo único entre o campeão da Primeira Divisão (Superliga) e o campeão da Copa da Superliga.
Títulos internacionais dos clubes argentinos
Nenhum país da América Latina tem mais títulos internacionais de clubes que a Argentina. Nem mesmo o Brasil. São 73 no total. Só da Copa Libertadores da América são 25 títulos, sendo o Independiente o clube sul americano mais vezes campeão da América, com 7 títulos no total.
Copa Libertadores da América
Recopa e Copa Sul Americana
Fórmula e Regulamento do Campeonato Argentino (Primeira A)
Bagunça é uma excelente palavra para definir o campeonato argentino. A competição muda de fórmula constantemente e é um desafio tratar de explicar o inexplicável.
Nesse momento (e não se sabe até quando), o objetivo do futebol argentino é chegar a uma primeira divisão com 20 clubes. Atualmente são 24. Por isso, até 2024, o campeonato terá 3 clubes rebaixados e apenas 2 promovidos. Em virtude da pandemia com o Covid-19, o campeonato argentino da temporada 2019/2020 não rebaixou nenhuma das equipes.
Entre as temporadas 1990/1991 até 2011/2012 o campeonato argentino era disputado em duas edições cada temporada, com o apertura e o clausura. Desde a temporada 2012/2013, passou a ser uma unica edição, disputada de julho a março. No entanto, para a temporada 2020/2021 está previsto o regresso do Apertura e Clausura, ficando o calendario de julho a dezembro para o Apertura e de janeiro a junho, o Clausura.
As 24 equipes se enfrentam no sistema de todos contra todos em jogos só de ida, totalizando 23 rodadas. A equipe que somar mais pontos é declarada campeã. Importante aqui observar que para ser campeão, é necessária uma superação em pontos. Não é considerado o saldo de gols ou número de vitórias como critério de desempate para disputa do título (veja critérios de desempate para entender melhor).
Rebaixamento
O sistema de rebaixamento utiliza a média de pontos dos últimos 3 anos. As duas equipes com as piores médias são rebaixadas para segunda divisão no ano seguinte. A equipe que tiver a terceira pior média de pontos, disputará um jogo de acesso com o vice-campeão do torneio de promoção da segunda divisão.
Critérios de desempate
Os criterios de desempate do campeonato argentino são uma verdadeira salada de frutas. São diferentes para cada situação, mas vamos explicar tudo por aqui.
Empate em pontos para título ou rebaixamento (entre 2 equipes):
- Jogo extra a ser disputado em campo neutro, em até 72 horas depois da finalização da competição.
- Em caso de empate neste jogo extra, prorrogação e penaltis.
Empate em pontos para título ou rebaixamento (mais de 2 equipes):
- Todas as equipes empatadas em pontos realizarão um “torneio extra”, todos contra todos, partidas em campos neutros, e a equipe que somar mais pontos será vencedora.
- Em caso de empate em pontos no torneio extra, o desempate se dará da seguinte maneira:
- Saldo de gols no torneio extra.
- Maior número de gols marcados no torneio extra.
- Ainda assim, permanecendo a igualdade, se repete o procedimento, quantas vezes seja necessário.
Empate entre equipes que disputam vaga na Libertadores ou Copa Sul Americana:
- Saldo de gols.
- Maior número de gols marcados.
Vagas para a Copa Libertadores da América
A Argentina tem direito a 6 vagas na Copa Libertadores, sendo 5 vagas diretas a fase de Grupos e uma vaga adicional na fase 2 da competição.
Vaga direta: os campeões do campeonato argentino, da copa da Superliga e da Copa da Argentina tem vaga direta na fase de grupos. As outras duas vagas são determinadas por uma tabela que soma o campeonato argentino e a copa da Superliga.
Vaga Pré-Libertadores: a terceira equipe com mais pontos na soma do campeonato argentino e da copa da superliga fica com a vaga na fase 2.
Vagas para a Copa Sul-americana
A Argentina tem 6 vagas diretas na primeira fase da competição. Estas vagas vão para os 6 melhores colocados na soma do campeonato argentino e copa da superliga, que não tenham obtido vaga para a Copa Libertadores.
Maiores campeões da Argentina
Os maiores campeões da Argentina são, obviamente, as duas potencias River Plate, com 36 títulos e Boca Juniors, com 34. Na terceira posição vem o Racing, com 18 títulos conquistados e seu rival Independiente, com 16 troféus.
Clube | Títulos |
---|---|
River Plate | 36 |
Boca Juniors | 34 |
Racing Club | 18 |
Independiente | 16 |
San Lorenzo Almagro | 15 |
Velez Sarsfield | 10 |
Alumni | 9 |
Newel's Old Boys | 6 |
Lomas Athletic | 5 |
Huracán | 5 |
Estudiantes LP | 5 |
Rosario Central | 4 |
Belgrano Athletic | 3 |
Argentinos Juniors | 3 |
Quilmes | 2 |
Porteño | 2 |
Lanús | 2 |
Ferro Carril Oeste | 2 |
Estudiantil Porteño | 2 |
Sportivo Dock Sud | 1 |
Sportivo Barracas | 1 |
Saint Andrew's | 1 |
Lomas Academy | 1 |
Gimnasia y Esgrima | 1 |
Estudiantes | 1 |
English High School | 1 |
Chacarita Juniors | 1 |
Banfield | 1 |
Arsenal | 1 |
Seleção Argentina
A seleção da Argentina teve seu primeiro jogo internacional no dia 20 de Julio de 1902, contra o Uruguai em Montevideu e venceu pelo esmagador resultado de 6 x 0. Con 2 títulos mundiais (1978 e 1986) e 14 conquistas da Copa América, a seleção argentina é a segunda força do nosso continente.
Posição no Ranking da Conmebol e da FIFA: 9
(atualizado a 20/02/20)
Melhores seleções Argentina da história
Seleção 1986
A seleção mais recordada pelos argentinos e pelos apaixonados pelo futebol no mundo inteiro, sem dúvidas, é a seleção de 1986, de Pumpido, Ruggeri, Burruchaga e é claro, Diego Armando Maradona. Esta seleção conquistou a Copa do Mundo do México de 1986, invicta, com 6 vitórias e 1 empate.
Argentina 1986: Nery Pumpido, José Luis Brown, José Cuciuffo e Oscar Ruggeri; Ricardo Giusti, Julio Olarticoechea, Sergio Batista, Héctor Enrique e
Diego Maradona; Jorge Burruchaga e Jorge Valdano.
Treinador: Carlos Bilardo
Seleção 1978
A seleção da Argentina de 1978 foi a consagração de Mario Kempes, que terminou eleito como o melhor jogador daquele mundial e deixou seu nome definitivamente registrado na história do futebol. A Argentina conquistou a copa com 4 vitórias, 1 empate e 1 derrota e com uma grande (e polêmica) vitória contra a seleção do Peru por 6 x 0 no ultimo jogo.
Argentina 1978: Fillol, Olguín, Galván, Passarella, Tarantini; Ardiles, Gallego, Kempes; Bertoni, Luque, Ortiz.
Treinador: César Luis Menotti.
Seleção 1990
A seleção Argentina de 1990 sofreu para classificar na primeira fase, depois de perder para Camarões, vencer a União Soviética e empatar com a Romênia. Classificou-se em terceiro no grupo e tinha pela frente o Brasil, que simplesmente havia passeado no seu grupo, classificando em primeiro e com 3 vitórias. Mas como todos sabemos, o atacante Cannigia entrou cara a cara com Taffarel e marcou o único gol da partida que eliminaria o Brasil. Na sequencia, eliminaria a Iugoslávia e a Itália, ambos nas cobranças de penalidade, mas acabou perdendo a final para a Alemanha, por 1 x 0 e ficou com o vice-campeonato mundial.
Argentina 1990: Goycochea; Simón, Serrizuela e Ruggeri; Lorenzo, Basualdo, Burruchaga , Troglio e Sensini; Maradona e Dezotti.
Treinador: Carlos Bilardo.
Seleção 2014
A Seleção Argentina chegou à Copa do Mundo de 2014 no Brasil depois de um passeio nas eliminatórias sul-americanas, onde foi superior aos adversários do início ao fim, mostrando um nível muito alto de futebol com grande poder ofensivo. No entanto, durante a Copa do Mundo, o time foi melhorando gradativamente. Na fase de grupos, venceu a Bósnia e o Irã sem jogar muito bem. Contra a Nigéria, já classificada, começou a elevar seu nível de jogo. E nos jogos eliminatorios, a equipe foi a mesma das eliminatórias: um time sólido na defesa que controlava muito bem a posse de bola e dominava praticamente todos os jogos. Ainda assim, as vitórias foram “magras”, por apenas um gol contra a Suíça nas oitavas e contra a Bélgica nas quartas, conseguindo assim levar a Argentina para as semifinais depois de 24 anos, quando venceu a Holanda nos penaltis. Na final contra a Alemanha, um jogo muito equilibrado do início ao fim, que foi decidido apenas na prorrogação, com um gol aos 113 minutos, em uma pequena distração da defesa argentina, que acabou dando aos europeus o quarto título mundial.
Argentina 2014: Sergio Romero; Pablo Zabaleta, Ezequiel Garay, Martín Demichelis, Marcos Rojo, (Federico Fernández); Javier Mascherano, Lucas Biglia, Enzo Pérez, Ángel Di María (Fernando Gago, Ezequiel Lavezzi); Lionel Messi; Gonzalo Higuaín, (Sergio Agüero ou Rodrigo Palacio).
Treinador: Alejandro Sabella
Todos os gols da seleção Argentina na história das Copas do Mundo
O atacante Gabriel Batistuta é o principal goleador da seleção Argentina em Copas do Mundo, com 10 gols marcados em 3 participações (1994, 1998 e 2002). O eterno ídolo Diego Maradona tem 8 gols empatado com Guillermo Stabile, porém, Maradona disputou 4 mundias e 21 jogos, enquanto que Stabile marcou seus 8 gols em um único mundial, e em apenas 4 jogos, em 1930.
Pos | Jogador | Total Goles | Media | Jogos | Copas | Gols marcados |
---|---|---|---|---|---|---|
1 | Gabriel Batistuta | 10 | 0.83 | 12 | 3 | 4 en 1994, 5 en 1998, 1 en 2002 |
2 | Guillermo Stabile | 8 | 2.00 | 4 | 1 | 8 en 1930 |
3 | Diego Maradona | 8 | 0.38 | 21 | 4 | 2 en 1982, 5 en 1986, 0 en 1990, 1 en 1994 |
4 | Mario Kempes | 6 | 0.33 | 18 | 3 | 0 en 1974, 6 en 1978, 0 en 1982 |
5 | Lionel Messi | 6 | 0.32 | 19 | 4 | 1 en 2006, 0 en 2010, 4 en 2014, 1 en 2018 |
6 | Gonzalo Higuain | 5 | 0.36 | 14 | 3 | 4 en 2010, 1 en 2014, 0 en 2018 |
7 | Leopoldo Luque | 4 | 0.80 | 5 | 1 | 4 en 1978 |
8 | Hernan Crespo | 4 | 0.50 | 8 | 3 | 0 en 1998, 1 en 2002, 3 en 2006 |
9 | Claudio Caniggia | 4 | 0.44 | 9 | 3 | 2 en 1990, 2 en 1994, 0 en 2002 |
10 | Jorge Valdano | 4 | 0.44 | 9 | 2 | 0 en 1982, 4 en 1986 |
11 | Daniel Bertoni | 4 | 0.36 | 11 | 2 | 2 en 1978, 2 en 1982 |
12 | Rene Houseman | 4 | 0.33 | 12 | 2 | 3 en 1974, 1 en 1978 |
13 | Omar Oreste Corbatta | 3 | 1.00 | 3 | 1 | 3 en 1958 |
14 | Luis Artime | 3 | 0.75 | 4 | 1 | 3 en 1966 |
15 | Carlos Peucelle | 3 | 0.75 | 4 | 1 | 3 en 1930 |
16 | Carlos Tevez | 3 | 0.38 | 8 | 2 | 1 en 2006, 2 en 2010 |
17 | Daniel Passarella | 3 | 0.25 | 12 | 3 | 1 en 1978, 2 en 1982, 0 en 1986 |
18 | Maxi Rodriguez | 3 | 0.25 | 12 | 3 | 3 en 2006, 0 en 2010, 0 en 2014 |
19 | Jorge Burruchaga | 3 | 0.21 | 14 | 2 | 2 en 1986, 1 en 1990 |
20 | Adolfo Zumelzu | 2 | 2.00 | 1 | 1 | 2 en 1930 |
21 | Hector Yazalde | 2 | 0.67 | 3 | 1 | 2 en 1974 |
22 | Luis Monti | 2 | 0.50 | 4 | 1 | 2 en 1930 |
23 | Marcos Rojo | 2 | 0.22 | 9 | 2 | 1 en 2014, 1 en 2018 |
24 | Ariel Ortega | 2 | 0.18 | 11 | 3 | 0 en 1994, 2 en 1998, 0 en 2002 |
25 | Sergio Agüero | 2 | 0.17 | 12 | 3 | 0 en 2010, 0 en 2014, 2 en 2018 |
26 | Angel Di Maria | 2 | 0.15 | 13 | 3 | 0 en 2010, 1 en 2014, 1 en 2018 |
27 | Ernesto Belis | 1 | 1.00 | 1 | 1 | 1 en 1934 |
28 | Alberto Galateo | 1 | 1.00 | 1 | 1 | 1 en 1934 |
29 | Martin Palermo | 1 | 1.00 | 1 | 1 | 1 en 2010 |
30 | Alejandro Scopelli | 1 | 1.00 | 1 | 1 | 1 en 1930 |
31 | Ludovico Avio | 1 | 0.50 | 2 | 1 | 1 en 1958 |
32 | Hector Facundo | 1 | 0.50 | 2 | 1 | 1 en 1962 |
33 | Pedro Pasculli | 1 | 0.50 | 2 | 1 | 1 en 1986 |
34 | Jose Sanfilippo | 1 | 0.50 | 2 | 2 | 0 en 1958, 1 en 1962 |
35 | Norberto Menendez | 1 | 0.33 | 3 | 1 | 1 en 1958 |
36 | Gabriel Mercado | 1 | 0.33 | 3 | 1 | 1 en 2018 |
37 | Mauricio Pineda | 1 | 0.33 | 3 | 1 | 1 en 1998 |
38 | Javier Saviola | 1 | 0.33 | 3 | 1 | 1 en 2006 |
39 | Miguel Brindisi | 1 | 0.25 | 4 | 1 | 1 en 1974 |
40 | Ramon Diaz | 1 | 0.25 | 4 | 1 | 1 en 1982 |
41 | Mario Evaristo | 1 | 0.25 | 4 | 1 | 1 en 1930 |
42 | Pedro Monzon | 1 | 0.25 | 4 | 1 | 1 en 1990 |
43 | Ermindo Onega | 1 | 0.25 | 4 | 1 | 1 en 1966 |
44 | Francisco Varallo | 1 | 0.25 | 4 | 1 | 1 en 1930 |
45 | Carlos Babington | 1 | 0.20 | 5 | 1 | 1 en 1974 |
46 | Esteban Cambiasso | 1 | 0.20 | 5 | 1 | 1 en 2006 |
47 | Ruben Ayala | 1 | 0.17 | 6 | 1 | 1 en 1974 |
48 | Ramon Heredia | 1 | 0.17 | 6 | 1 | 1 en 1974 |
49 | Pedro Troglio | 1 | 0.17 | 6 | 1 | 1 en 1990 |
50 | Abel Balbo | 1 | 0.14 | 7 | 3 | 0 en 1990, 1 en 1994, 0 en 1998 |
51 | Jose Brown | 1 | 0.14 | 7 | 1 | 1 en 1986 |
52 | Martin Demichelis | 1 | 0.13 | 8 | 2 | 1 en 2010, 0 en 2014 |
53 | Gabriel Heinze | 1 | 0.13 | 8 | 2 | 0 en 2006, 1 en 2010 |
54 | Claudio Lopez | 1 | 0.13 | 8 | 2 | 1 en 1998, 0 en 2002 |
55 | Javier Zanetti | 1 | 0.13 | 8 | 2 | 1 en 1998, 0 en 2002 |
56 | Roberto Ayala | 1 | 0.10 | 10 | 3 | 0 en 1998, 0 en 2002, 1 en 2006 |
57 | Osvaldo Ardiles | 1 | 0.09 | 11 | 2 | 0 en 1978, 1 en 1982 |
58 | Alberto Tarantini | 1 | 0.08 | 12 | 2 | 1 en 1978, 0 en 1982 |
59 | Oscar Ruggeri | 1 | 0.06 | 16 | 3 | 1 en 1986, 0 en 1990, 0 en 1994 |
Jogadores argentinos históricos
Diego Maradona
Posição: Meio Campo
Revelado: Argentinos Juniors
Clubes da Argentina onde jogou: Argentinos Juniors, Boca Juniors e Newell’s Old Boys.
Di Stefano
Posição: Atacante
Revelado: River Plate
Clubes da Argentina onde jogou: River Plante e Huracán.
Mario Kempes
Posição: Atacante
Revelado: Instituto Córdoba
Clubes da Argentina onde jogou: Instituto Córdoba, Rosario Central e River Plate
Lionel Mesi
Posição: Meia atacante
Revelado: Newll’s Old Boys (mas saiu aos 12 anos para o Barcelona)
Clubes da Argentina onde jogou: nunca jogou profissionalmente por nenhum clube da Argentina.
Gabriel Batistuta
Posição: Atacante
Revelado: Newell’s Old Boys
Clubes da Argentina onde jogou: Newell’s Old Boys, River Plate e Boca Juniors.
Ubaldo Fillol
Posição: Goleiro
Revelado: Quilmes
Clubes da Argentina onde jogou: Quilmes, Racing, River Plate, Argentinos Juniors e Velez Sarsfield
Daniel Pasarella
Posição: Zagueiro
Revelado: Sarmiento de Junín
Clubes da Argentina onde jogou: Sarmiento de Junín e River Plate.
Juan Roman Riquelme
Posição: Meia atacante
Revelado: Boca Juniors
Clubes da Argentina onde jogou: Boca Juniors e Argentinos Juniors
Estrangeiros que jogaram e se destacaram na Argentina
Arsenio Erico (Paraguai / Independiente)
O artilheiro da história do futebol argentino com 295 gols, todos marcados pelo Independiente. Ele é considerado o melhor jogador de futebol paraguaio de todos os tempos. Ele jogou nos “rojos” em duas etapas: entre 1934 e 1942 e entre 1943 e 1946. Naqueles anos, ganhou cinco títulos nacionais e dois internacionais. No final de sua carreira, teve uma breve passagem pelo Huracán, onde jogou apenas sete jogos, sem marcar gols.
Enzo Francescoli (Uruguai / River Plate)
Jogou no River Plate entre 1983 e 1986 e 1994 e 1997. Ganhou seis vezes o campeonato argentino e outros dois títulos internacionais: a Copa Libertadores de 1996 e a Copa Interamericana de 1997. Marcou 137 gols. Durante seus anos jogando pelo time “Millonario”, o atacante ganhou duas vezes o prêmio de melhor jogador do futebol sul-americano.
José Luis Chilavert (Paraguai / Vélez Sarsfield)
Talvez um dos goleiros mais importantes da história do futebol argentino e mundial. O paraguaio Chilavert foi ídolo no Velez Sarsfield, conquistando 4 títulos nacionais, além de 5 títulos internacionais. Considerado criador do “goleiro artilheiro“, Chilavert marcou 62 gols na carreira, sendo que 36 deles jogando pelo Vélez Sarsfield, fazendo dele o segundo goleiro com maior gols da história. Defendeu o San Lorenzo entre 1985 e 1988, onde não teve destaque.
Marcelo Salas (Chile / River Plate)
O atacante chileno teve duas passagens pelo River Plate, a primeira entre 1996 e 1998 e a segunda entre 2003 e 2005. Entre os diversos títulos conquistados pelo clube do Monumental de Nuñez, Salas conquistou a Supercopa de 1997 e conquistou 3 títulos nacionais, entre 1996 e 1997.
Ricardo Pavoni (Uruguai / Independiente)
Jogando como lateral esquerdo, Pavoni foi um dos maiores ídolos da história do Independiente, onde jogou entre 1965 e 1976. Nesse período, conquistou 12 títulos: uma Copa Intercontinental, cinco Copa Libertadores, tornando-se o segundo jogador com mais Libertadores conquistadas. Ganhou ainda três Copas Interamericanas e três títulos argentinos. Além disso, ele é o segundo jogador com mais jogos disputados pelos “rojos”.
Jorge Bermúdez (Colombia / Boca Juniors)
O zagueiro central foi peça fundamental em um dos melhores times da história do futebol argentino: o Boca Junrios do treinador Carlos Bianchi. Vestiu a camisa bosteira entre 1997 e 2001, conquistando três campeonatos argentinos, duas Copa Libertadores e uma Copa Intercontinental. Ainda jogou pelo Newell’s em 2003, mas sem grande destaque.
Rubén Paz (Uruguai / Racing)
Zagueiro talentoso e canhoto, chegou ao Racing em 1987 e foi o xerife da equipe que conquistaria dois títulos internacionais: a Supercopa Sul Americana e a Supercopa Interamericana em 1988. Jogou no Racing até 1989 e retornou entre 1990 e 1993, onde, mesmo sem conquistar títulos, teve atuação destacada. É um dos maiores ídolos de “La Academia”. Em 1995, ele teve uma breve passagem por Godoy Cruz, onde jogou apenas sete partidas.
Jogadores brasileiros que se destacaram na Argentina
Muito poucos brasileiros jogaram e se destacaram no futebol argentino. Uma das razões é o fato dos jogadores brasileiros optarem por destinos fora do nosso continente. No entanto, garimpamos alguns nomes que alcançaram exito no país vizinho.
Paulo Valentim (Boca Juniors)
O atacante jogou pelo Boca entre 1960 e 1965, quando conquistou dois títulos: os campeonatos argentinos de 1962 e 1964. Quando foi contratado, o presidente do Boca na época lhe disse: “Dê gols ao River, não se preocupe com o resto”. E ele cumpriu: ele é o maior goleador do Boca na história do superclássico, com 10 gols em 7 jogos.
Pedro Iarley (Boca Juniors)
O meia jogou pelo Boca entre 2003 e 2004, onde disputou 39 partidas e marcou seis gols. Foi titular na final da Copa Intercontinental em que o Boca venceu o Milan em 2003 e campeão argentino no mesmo ano.
Domingos da Guia (Boca Juniors)
Domingos da Guia, nada menos que o pai de Ademir da Guia, foi um zagueiro que teve boa passagem pelo Boca Juniors. Jogou no Boca entre 1935 e 1936 e disputou 65 jogos. Foi campeão argentino em 1935.
Heleno de Freitas (Boca Juniors)
Consagrado atacante do Botafogo, onde marcou 209 gols, Heleno de Freitas jogou pelo Boca Juniors em 1948, mas jogou apenas 17 partidas, marcando 7 gols. Certamente com mais atuações, o atacante teria deixado maiores recordações na torcida xeneize.
Eu sou apenas um rapaz latino-americano, sem dinheiro no banco, sem parentes importantes, e vindo do interior. Um dos milhões de apaixonados por futebol nesse quintal chamado terra. Torcedor do Grêmio no Brasil, do Racing na Argentina e do Millonarios na Colômbia, vivi em 5 países da América Latina e conheci o futebol latino na sua raíz. E aprendi a ler o jogo.