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A Copa de Maradona é do Boca Juniors

A Copa do maradona é do Boca Juniors

A última semana trouxe de tudo para o futebol argentino: as eliminações do Boca Juniors e do River Plate na Copa Libertadores, a final argentina na Copa Sul Americana, o campeão Boca Juniors na Copa Diego Armando Maradona, a ascensão do Sarmiento de Junín e muito mais. Conheça todos os detalhes desses eventos em um novo resumo semanal do Leitura de Jogo.

Copa Libertadores

Faltou um gol para a façanha do River Plate

Depois de perder por 3 a 0 no jogo de ida em casa, o time de Marcelo Gallardo precisava fazer três gols no Allianz Parque, estádio do Palmeiras, para continuar sonhando com a Copa Libertadores. Diante dessa necessidade de marcar, River saiu para produzir um jogo muito ofensivo desde o primeiro minuto. Desta forma, conseguiu fazer o primeiro gol aos 29 minutos do primeiro tempo. E na última jogada do primeiro tempo marcou o segundo, o que lhe permitiu ir descansar com uma grande injeção de ânimo e esperança. No segundo tempo, como esperado, os “Millonarios” tiveram inúmeras ocasiões de perigo. Em uma delas chegou ao gol, mas o VAR anulou por impedimento no início da jogada. Desta forma, apesar de ter disputado uma partida quase perfeita, o River ficou sem a possibilidade de disputar sua terceira final consecutiva da mais importante competição da América.

Boca Juniors, goleado e eliminado

O Boca Juniors também ficou de fora, mas de uma forma muito diferente do seu maior rival. Depois de ter empatado 0 a 0 em casa, foi atropelado pelo Santos na Vila Belmiro. Desde o primeiro minuto de jogo, a equipe de Miguel Ángel Russo parecia apática, enquanto que o clube brasileiro não perdoou: fez 1 a 0 no primeiro tempo e, no início do segundo tempo, marcou dois gols em dois minutos. Na sequencia, o Boca geraria algumas chances de descontar no marcador, mas continuou jogando um mal futebol e o resultado não mudou.

Copa Sul Americana

Lanús goleou o Vélez Sarsfield e é finalista

No jogo de ida, o “Granate” obteve a vantagem mínima (1-0), o que forçava o Velez a uma atuação mais ofensiva. No entanto, o Velez não foi preciso na hora de definir e, mais uma vez, o goleiro local, Lautaro Morales, virou figura. Somado a isso, o time da casa aproveitou ao máximo a ideia de explorar os contra-ataques e converteram nos momentos certos. Belmonte, Orsini e Bernabéi foram os autores dos três gols que colocaram o Lanús na final.

Defensa y Justicia, na final com grande mérito

Depois de um 0-0 no jogo de ida, disputado no Paraguai, o Defensa y Justicia iniciou o jogo da volta contra o time chileno com dificuldades. Aos oito minutos, Coquimbo foi a frente no placar. Mas os comandados por Hernán Crespo reagiram muito rapidamente e, três minutos depois, empataram. A partir daí, o jogo foi todo do clube argentino: com combinações muito rápidas e precisas, e com um Braian Romero inspirado (três gols e uma assistência), o Defensa chegou ao marcador de 4 a 1 ainda no primeiro tempo. Na segunda etapa, o Coquimbo descontou, aos 62 minutos, mas não gerou mais complicações.

A final, no próximo sábado

Neste sábado, 23 de janeiro, às 17h, a final da Copa Sul-Americana será disputada em jogo único, no renovado Estádio Mario Alberto Kempes, na província de Córdoba. A partida, que será comandada pelo uruguaio Leodán González e pelo chileno Julio Bascuñán pelo VAR, será definida com prorrogação de 30 minutos em caso de empate. Se o empate persistir, haverá penalidades.

Quem vencer a final, além de agregar um importante título internacional às suas vitrines, se classifica para a fase de grupos da próxima Copa Libertadores. O Defensa y Justicia já tem lugar para esta competição, mas não para a fase de grupos: está classificada para a fase 2, onde disputaria um “playoff” para entrar na fase de grupos. Já Lanús tem vaga garantida na próxima Copa Sul-Americana, por isso terá que vencer no sábado para trocá-la por uma passagem para a competição mais importante da América.

Além disso, o campeão terá a possibilidade de disputar mais duas finais para continuar somando títulos: a da Recopa Sul-Americana (contra o campeão da Copa Libertadores, Santos ou Palmeiras) e a da Copa Sul-americana Japonesa (ex Copa Suruga, contra o campeão da J. League Cup no Japão).

Lanús fará sua sétima final internacional (a última foi em 2017, quando perdeu a Libertadores para o Grêmio) e buscará a sua terceira conquista continental: conquistou a Copa Conmebol em 1996 e a Copa Sul-americana em 2013. O time “Granate” também tem quatro títulos locais, podendo receber o sétimo troféu da sua história. O clube chega a esta nova final após ter eliminado Universidad Católica (Equador), São Paulo (Brasil), Bolívar (Bolívia), e os compatriotas Independiente e Vélez.

Defensa y Justicia, por outro lado, tem um panorama completamente diferente: buscará obter o primeiro título de toda a sua história. O “Falcon” tem crescido constantemente desde 2014, ano em que foi promovido à primeira divisão pela primeira vez. Desde então, ele tem permanecido na primeira divisão, e mais do que isso, tem feito campanhas extraordinárias, como a segunda colocação no torneio argentino de 2019, o que lhe permitiu se acostumar a disputar taças internacionais, das quais não faltou desde 2016. Chega a esta primeira final de sua história depois de ter ficado em terceiro lugar na fase de grupos da Copa Libertadores. A partir daí, nesta competição (na qual está invicto), eliminou Sportivo Luqueño (Paraguai), Vasco da Gama (Brasil), Bahia (Brasil) e Coquimbo Unido (Chile).

Do ponto de vista futebolístico, espera-se um grande jogo. As duas equipes chegam jogando muito bem, com dois estilos diferentes. O Lanús, com um jogo mais físico, fortalecendo-se nas bolas paradas e nos contra-ataques. Já o Defensa y Justicia se sente mais confortável com a posse da bola e gerando triangulações entre seus jogadores de ataque rápido. Embora ambas as equipes tenham um elenco jovem, todos os olhos estarão voltados para a figura “Granate”: “Pepe” Sand, que aos 40 anos continua mantendo sua capacidade de gol como se fosse 15 anos mais jovem. Ao lado do “Falcão”, Braian Romero (artilheiro do torneio com 9 gols) buscará fazer a diferença.

Boca campeão da Copa Diego Armando Maradona

Depois de uma semana difícil para o Boca, ao ser eliminado da pior maneira de seu objetivo máximo que era a Copa Libertadores, o clube “xeneize” foi capaz de terminar a temporada com a obtenção de um novo título: o número 70 em sua história e o número 48 a nível local.

A final contra o Banfield foi um jogo chato e sem emoção. Até o minuto 64, o colombiano Edwin Cardona, tirou o primeiro zero do marcador, marcando para os comandados de Miguel Ángel Russo. Boca 1 x 0.

A partir daí, o desenrolar da partida não mudou, até que no último lance, em uma jogada que deveria ter sido anulada por impedimento (ainda não há VAR no futebol argentino), Luciano Lollo empatou a partida para o “Taladro”. Dessa forma, o campeão seria definido por pênaltis.

No tiro dos 9 metros, o Boca foi infalível. Ele converteu seus cinco pênaltis, enquanto Jorge Rodríguez perdeu o terceiro para o Banfield e a taça ficou em definitivo nas mãos do clube “Xeneize”.

O Boca, assim, coroou um grande torneio, no qual, sem contar a final, ganhou cinco jogos, empatou quatro e perdeu dois, marcando 17 gols e sofrendo 10.

Na preparação para a final, uma emocionante homenagem a Diego Armando Maradona, na qual ex-futebolistas argentinos tocaram a mais famosa música que fala do “10”: “La mano de Dios”, de Rodrigo.

Vélez ficou com o título complementación

Num jogo muito mais interessante que a definição do campeonato, o Vélez derrotou o Rosario Central por 3-1. Aos nove minutos, Ricardo Centurión converteu de pênalti, mas 15 minutos depois Marinelli empatou para a equipe do Rosário. No segundo tempo, também na cobrança de pênalti, Thiago Almada colocou novamente o Vélez a frente, faltando dez minutos do final. No final da partida, Monzón encerrou a história.

Desta forma, Vélez terá que jogar contra o Banfield (perdedor da final do torneio) para definir quem ganha a vaga para a Copa Sul-Americana 2022. A partida ainda não tem data de disputa.

As estatísticas da Copa Diego Armando Maradona

Foi um torneio atípico para o futebol argentino, e o Leitura de Jogo traz todas as mais importantes estatísticas da competição.

Os artilheiros do torneio foram três, com seis gols: Ramón “Wanchope” Ábila (Boca Júniors), Miguel Merentiel (Defensa y Justicia) e “Pulga” Rodríguez (Colón) que nos encantaram ao longo do torneio com seus gols marcantes. Menção especial para Ricky Álvarez, que em quatro cobranças de falta que teve no torneio, três foram gols.

Martín Payero, do Banfield, foi um dos jogadores mais importantes do “Taladro” desta taça, e mostrou-o ao liderar a tabela de assistências, com sete.

Gianluca Ferrari, do Godoy Cruz, teria dificuldades se quisesse ganhar o prêmio “fair play”: recebeu seis cartões amarelos em nove jogos disputados. Em relação às expulsões, Franco Ibarra (Argentinos) e Mario López (Aldosivi) lideraram essa categoria com dois cartões vermelhos.

A melhor defesa foi a do Argentinos Juniors, com nove gols sofridos, enquanto os maiores goleadores foram Banfield e Atlético Tucumán, com 22. Quem menos converteu? Estudiantes e Patronato, com apenas cinco gols anotados em toda a competição.

Copa Argentina

Na semana passada, pela 32ª final, o Colón venceu o Cipoletti (terceira divisão) por 1 a 0 com um gol a sete minutos do fim. Dia 20 de janeiro, às 19h20, o Rosario Central enfrenta o Boca Unidos (terceira divisão) pela mesma instância.

Sarmiento de Junín promovido a primeira divisão

Em uma grande final, cheia de emoções, Sarmiento venceu o Estudiantes de Río Cuarto nos pênaltis após empatar em 1 a 1 e subiu à primeira divisão do futebol argentino. O time de Junín retorna à primeira divisão após ter sido rebaixado em 2017. Desde então, disputou três finais para ser promovido novamente, mas perdeu todas. Até este ano, que após vencer quatro jogos, empatar três, e não sofrer derrotas na retomada da Primeira Nacional, se classificou para a final e conseguiu vencê-la. Desta forma, ele alcançou a terceira promoção em sua história para a primeira divisão (anteriormente havia conseguido em 1980 e 2014).

No entanto, o Estudiantes de Río Cuarto ainda tem uma chance de promoção: eles se juntarão às semifinais do reduzido. Este reduzido começou o fim de semana e as equipes que vão jogar as quartas de final já foram definidas: Quilmes, Estudiantes de Buenos Aires, San Martín de San Juan, Deportivo Morón, Ferro, Atlanta, Defensores de Belgrano e Deportivo Riestra.

Boca Juniors e River Plate deciden o campeão do Torneio de Transição Feminino

Às 19h deste 19 de janeiro, o super clássico da grande final do Torneio Transicional Feminino será disputada na quadra de Vélez: Boca e River se enfrentam em busca da glória, em uma partida que promete muitas emoções.